Disseram-me que a missão do Carlos Queiroz quando assinou contrato com a FPF passava não só pelo comando da Selecção Nacional mas também pelo saneamento e implementação de um novo modelo na estrutura global das selecções. Isto é, teria de pôr em prática uma estratégia e um plano abrangente aos vários escalões de modo a que o trajecto dos jogadores nas selecções se faça de modo integrado, permitindo assim uma verdadeira evolução das equipas ao longo do tempo.
A ideia parece-me boa. Afinal quantos jogadores têm transitado dos escalões mais novos para a Selecção sénior, nos últimos anos?
Mas este suposto desafio posto ao Carlos Queiroz não deveria ser a missão da FPF e do seu presidente, desde logo? Claro que sim! Assim torna-se ainda mais claro que este senhor, a ser verdade ter aceite nestes termos o seu regresso a Portugal, terá a vida muito difícil. Não só o seu perfil parece inadequado à posição de Seleccionador como aceitou um trabalho para o qual não está mandatado. Mais, terá de lutar contra a própria estrutura da FPF que perante o actual cenário tem certamente os trabalhadores em várias quintinhas a regozijar com os sucessivos fracassos do homem.
Após alguma reflexão para superar a alergia pessoal ao Queiroz, e uma vez que a missão por ele abraçada não deve de ânimo leve ser abandonada, espero agora que ele no adeus ao próximo Mundial, não apenas se demita de Seleccionador mas que também se proponha a ser candidato nas próximas eleições para os órgãos da FPF, e quem sabe para a posição de Vice-Presidente, visto que a 2ª linha lhe parece ser mais adequada e trazer maior sucesso.
Sunday 30 November 2008
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