Sunday 30 November 2008

bye bye?

Disseram-me que a missão do Carlos Queiroz quando assinou contrato com a FPF passava não só pelo comando da Selecção Nacional mas também pelo saneamento e implementação de um novo modelo na estrutura global das selecções. Isto é, teria de pôr em prática uma estratégia e um plano abrangente aos vários escalões de modo a que o trajecto dos jogadores nas selecções se faça de modo integrado, permitindo assim uma verdadeira evolução das equipas ao longo do tempo.
A ideia parece-me boa. Afinal quantos jogadores têm transitado dos escalões mais novos para a Selecção sénior, nos últimos anos?
Mas este suposto desafio posto ao Carlos Queiroz não deveria ser a missão da FPF e do seu presidente, desde logo? Claro que sim! Assim torna-se ainda mais claro que este senhor, a ser verdade ter aceite nestes termos o seu regresso a Portugal, terá a vida muito difícil. Não só o seu perfil parece inadequado à posição de Seleccionador como aceitou um trabalho para o qual não está mandatado. Mais, terá de lutar contra a própria estrutura da FPF que perante o actual cenário tem certamente os trabalhadores em várias quintinhas a regozijar com os sucessivos fracassos do homem.
Após alguma reflexão para superar a alergia pessoal ao Queiroz, e uma vez que a missão por ele abraçada não deve de ânimo leve ser abandonada, espero agora que ele no adeus ao próximo Mundial, não apenas se demita de Seleccionador mas que também se proponha a ser candidato nas próximas eleições para os órgãos da FPF, e quem sabe para a posição de Vice-Presidente, visto que a 2ª linha lhe parece ser mais adequada e trazer maior sucesso.

Monday 24 November 2008

quero a factura discriminada sff

Nos últimos anos o governo tem-nos recordado frequentemente quão importante é o estímulo à inovação e empreendedorismo. E a parte que lhe cabe é este mesmo, criar um ambiente propício, em que os espíritos inquietos tenham menos razões para se atemorizar perante a hipótese de tentar. Sabendo à partida que apenas cerca de 10% daqueles que o fazem irão ter sucesso...

Se estão a pensar por exemplo em abrir actividade trabalhando por conta própria, fiquem a saber que apesar de virem a cumprir com a totalidade dos descontos à segurança social, durante o período que seja, se e quando constatarem que a empresa não é viável encerrando a sua actividade, há mais uma má notícia. O subsídio de desemprego a que um trabalhador por conta de outrem teria direito em termos similares e previstos, não é atribuível a quem trabalhou sem patrão.

Wednesday 12 November 2008

este passa no restelo?

Cada tiro cada melro: das 2 viagens que fiz hoje no 767, em ambas me tornei parte do auditório involuntário para o qual se dirigia um orador inconformado com o estado da nação.
Para lá fomos a ouvir um homem e para cá uma mulher.
Os pontos comuns focados por ambos foram o actual desrespeito da juventude, a proliferação dos chupistas e, claro está, o Salazar e a sua época DE ouro por onde ambos os interlocutores passaram dada a sua suficiente idade.
Os highlights individuais vão, nele, para a comparação entre bandeiras nazis desfraldadas no parlamento da Madeira e a sua viva recordação televisiva de um Mário Soares, que não sabia se era doutor, a rasgar a bandeira de Portugal lá da longínqua Inglaterra. Nela, vai para a chamada de atenção de que sem os ricos não há trabalho... Conformada atirou: haverá sempre os ricos e os pobres, e os arremediados.
Já agora, esta carreira vai e vem do campo dos mártires da pátria.

Friday 31 October 2008

No comments

"Está instalada a polémica com o anúncio da subida do salário mínimo para 450 euros" diziam há bocado na tv para introduzir um debate sobre o tema.
É verdade, está. Porque ainda à tarde ouvi o presidente de uma tal associação nacional das pme's a insurgir-se contra este anúncio e mais, a avisar que aconselharia todos os seus associados a não renovar contratos com os seus assalariados. A mandar o pessoal para a rua!

Sunday 26 October 2008

Ser portista é... ter na alma...

Postos perante a mesma dificuldade ou situação difícil, um benfiquista e um portista abordarão o problema de modo diferente na tentativa de o superar.
Há uma grande probabilidade do benfiquista nem sequer reconhecer o obstáculo que tem diante de si como tal ou então subavaliá-lo estranhando o resultado final do seu “não esforço”, o insucesso. À partida, nada faria prever tanta dificuldade: eu sou do Benfica, logo deveria ter sucesso. O portista, pelo contrário, sobreavalia sempre, encontrando dificuldades onde elas nem sempre existem caíndo no “sobre-esforço”. Eu obtive o sucesso, mas tive que lutar e dar tudo para isso.
Vive o benfiquista mais feliz no seu dia-a-dia pois a natureza fará em circunstâncias normais o seu papel de tender a vitória para o glorioso, é a ordem natural das coisas pois claro. Quando perde, acha anormal, ou o treinador ou os jogadores não estiveram à altura da camisola, mas não se põe em causa pois o Benfica ganhará inevitavelmente, seja amanhã ou daqui a 50 anos. Sob o manto da grandeza de um clube que é o maior do mundo e que prevalecerá , esta cultura é alicerçada numa história gloriosa passada de geração em geração que faz vibrar o terceiro anel em dia de enchente e que o fará para todo o sempre.
O portista vive ansioso, com uma sensação de insatisfação motivada pelo que ainda falta fazer para estar pronto para a próxima jornada, para o próximo teste, pelo que não foi feito de modo perfeito no último sucesso, leia-se no último quase insucesso. Está melhor preparado para os novos desafios mas o complexo de inferioridade de não ser um clube de expressão mundial, leia-se o grande de Lisboa, tornou-se numa obsessão pelo trabalho que o leva a pensar que com trabalho se resolve tudo e que o trabalho passado não tem consequências no presente. O prazer das vitórias é pouco duradouro, não sobrevive um portista com os êxitos do dia anterior, quanto mais à sombra dos de há 4 ou 20 anos. Identifica os adversários como inimigos e une-se para a guerra sem fim. O orgulho dos sucessos dá lugar a indignação quando algo corre mal: não se trabalhou o suficiente pois claro!
O Porto tem mais sucesso que o Benfica, trabalha mais. É tão simples quanto isso.
Parece-me que o País é benfiquista, mas que há por aí muitos portistas que o são sem o saberem.Algo está a mudar no entanto, o Porto sofre a segunda derrota consecutiva em casa, para a Champions e campeonato, não me lembro de tal acontecer, ao mesmo tempo que se começa a ver o Benfica a correr sem bola.
Será que o salário dos jogadores do Benfica passou a ser por objectivos?
Será que o treinador do Porto passou a ter que ser competente e não só pouco incompetente?
No FCP acredita-se que, com um ano de trabalho levado ao limite e um pouco de talento, ganha-se a Champions.
E o SLB, até onde pode ir se lhe dá para começar a correr em campo?

Saturday 25 October 2008

e o crédito do país?

Numa coisa pelo menos concordo com a Mauela Ferreira Leite: o ênfase que põe na necessidade de discutir o endividamento nacional. Se bem que também nunca a ouvi avançar com propostas concretas para o resolver... Mas vá lá. Ela como eu se calhar também não sabe exactamente o que se poderia fazer... Isto é, sem entrar naqueles chavões de aumentar a competitividade e a produtividade, period! Assim do ar, enriquecendo o país qual égua prenha com o ar fértil das lezírias.
Por isso gostava ainda de um dia ver, na televisão por exemplo, algum painel de economistas a discutir isto mesmo. E com gráficos temporais dos principais indicadores económicos do país s.f.f. (e editados na régie, sem serem dependurados nuns papéis trazidos pelos convidados).
Obrigado.

Wednesday 15 October 2008

Não voltes Scolari! Mas leva de volta para aí o Queiroz!

a) Albânia
b) 10 jogadores
c) seleccionador português? tragam alguém da holanda please
d) Queiroz a "montar" equipas? lol
e) CR7 a capitão?
f) Queiroz a fazer substituições? double lol

Enfim, voltámos a ter futebol português...

Sunday 28 September 2008

sit derby sit! good derby

Ontem fui à Luz ver o benfas.
Um partidazo, tendo em conta ao que estamos habituados, a que faltaram apenas mais golos. Ou seja, foi um jogo bem disputado com lances bem construídos por ambas as equipas mas com a inerente falta de velocidade do campeonato português, e que podia ter "caído" para qualquer lado.

Mas vamos por partes, o Sporting esteve bem organizado mas sem inspiração no último terço do ataque. As sensações de maior perigo resultaram de lançamentos verticais a aproveitar contra-pés da defesa do Benfica. Mas aquilo que me ficou na retina é a pouca ambição ou querer da equipa no global. Fazem o seu trabalho, sem dúvida, mas falta ali qualquer coisa. Motivação, perguntem ao Mourinho. Daí, numa visão monocromática do jogo, pôr as culpas da derrota no Paulo Bento a quem aliás antevejo uma época conturbada dado já não estar a lidar com os putos que ele tão bem orienta, mas com pessoal que lhe vai perdendo o respeito...
Do lado verde o único jogador que destaco é o Derlei, pareceu-me que se tem jogado de início podia ter feito mais.

O Benfica foi uma surpresa. Naquele que é o seu campo mais difícil nos últimos anos, a sua própria casa, fez esse factor voltar a contar positivamente. Mas isso foi só a cereja no topo de uma finalmente bem organizada equipa durante quase toda a partida. Também teve no seu lado o homem do jogo: Yebda, ganhou quase todas as bolas que disputou e libertava bem a bola quando não se lembrava ainda de correr como um extremo. Reyes marcou um golaço a culminar a boa exibição da primeira parte, mas numa altura em que eu já pensava em o trocar pelo Di Maria (ainda bem que aguentaste Quique!). Aliás outra novidade este ano é o banco do benfas. Vai ser difícil não fazer sempre 3 substituições. Ainda uma palavra ao Ruben Amorim, gosto de o ver metido nas triangulações junto à linha lateral, gosto...

Conclusão: Já não vibrava na catedral desde que o Simão se foi embora, mas ontem não foi só por causa de algum lance brilhante, foi pela renovada esperança de no futuro ver o benfas a jogar de forma consistente durante uma partida (também quando não tem a bola) e durante uma época. A extensão destes votos para uma década fica para depois...

Tuesday 23 September 2008

subprime

Muito se tem dito sobre a crise na banca de investimento.
Neste momento, e muito por culpa dos avultados números que ouvimos serem "injectados" quase todos os dias por BCEs ou FEDs, temos estado concentrados em possíveis soluções para os problemas que dela têm vindo e para os que ainda estão a chocar debaixo da chamada economia real.
Mas há duas coisas que me vêem à cabeça quando aparece mais uma peça sobre isto na TV:
A primeira:
Porque é que um problema que surge principalmente pela auto-regulação do mercado, não é deixado às vontades do mesmo para ser resolvido?
A segunda:
E isto não cheira tudo a fraude?
Aqueles famosos produtos estruturados não foram vendidos como gato por lebre? Está bem que os "patos" (continuando nas analogias zoológicas) não queiram ir à polícia queixarem-se e dar parte fraca, mas isto agora já não é tratado como crime público?
É que há muitas cabeças que sabiam exactamente o caldinho em que se podiam estar a meter de modo a sacar os prémios por objectivos de curto prazo. Deviam rolar, ou não?

Já agora:
"As mass production has to be accompanied by mass consumption, mass consumption, in turn, implies a distribution of wealth -- not of existing wealth, but of wealth as it is currently produced -- to provide men with buying power equal to the amount of goods and services offered by the nation's economic machinery"

Friday 19 September 2008

Tá-me a dar um amoque

hammock ou amok?
Googlem por favor e encontram sentidos bem distintos.
Vai da rede de baloiço ao fora de si com tamanha raiva.
Os meus tendem a ser da primeira estirpe, quando uso a expressão tou mais numa de caminha...
Sendo assim, volto quando me recompor!